Para começar, ele cita duas coisas que os CEOs precisam fazer para promover a inovação. A primeira é a pessoa reconhecer que o mundo está em transformação e inovar em função dessa mudança, isto é, identificar o que está em transformação ao redor delas, como: consumidores, tecnologias, competição e se adaptar a essas transformações. A segunda é entender que inovação é menos uma questão de técnica e mais uma questão de cultura organizacional, ou seja, como a organização pensa e como pode promover a mudança de cultura/pensamento na organização.
Uma das formas de modificar essa cultura organizacional é exatamente "injetar" sangue novo na empresa. Isso permite que novas vozes se incorporem a organização e tragam novas ideias, mas o professor lembra que, para isso, é preciso coragem também. Posteriormente, ele lembra o que é preciso para que possa ser minimizado a resistência a inovação.
1) A forma como é medido a performance e bonificação dos funcionários. Para ele, se você quer que os funcionários se comportem de maneira diferente, a forma como você mede a performance deles e como você os premia tem que ser mudada.
2) Colaboração. Nesse sentido é importante que as pessoas colaborem umas com as outras no sentido de promoverem a troca de ideias.
3) Tolerância ao fracasso. Inovação, por definição, é um processo de criação de algo novo e que não foi usado antes. Portanto, há risco dessa inovação não dar certo.
Gostaria de colocar alguns princípios da Google que são perfeitamente adaptáveis organizações do terceiro setor. (tirada do site Criatividade e Inovação)
- Ideias veem de toda parte
A Google espera que todos tenham ideias: executivos, gerentes, empregados e usuários. A empresa mantém um fórum interno permanente e encoraja os empregados a publicar novas ideias e submetê-las aos seus colegas para análise e melhoria. As melhores ideias são votadas e sobem para o topo da lista. Os comentários dos colegas levam a novas e melhores ideias. ( As organizações do terceiro setor também podem incentivar a sugestão de ideias de seus funcionários, utilizando processos semelhantes. Se não houver necessidade de abrir um fórum para isso, pode-se incentivar isso com reuniões para coletar novas ideias dos seus funcionários. É uma questão apenas de organização ) - Compartilhe informações o máximo que puder
Através da intranet, os empregados são informados do que está acontecendo com os negócios e o que é importante. Além disso, todos os empregados informam por e-mail o que fizeram na semana anterior. Estas informações vão para uma página na intranet. Assim qualquer um tem acesso a quem está trabalhando em que, evitando duplicidades. ( Acho que esse processo serve da mesma forma para ONGs e empresas.) - O foco é nos clientes, não no dinheiro
A Google acredita que se concentrar nos clientes o dinheiro entra naturalmente. Se trabalhar em produtos que os usuários necessitam, eles pagarão por eles. (Essa ideia é importante, pois o foco é na qualidade do trabalho oferecido. Para as ONGs, acredito que esse seja uma ideia fundamental para manterem o nível de produtos e serviços. Não há uma maneira única de se trabalhar a qualidade, mas o principal é manter o foco na eficiência e eficácia do trabalho. O recurso virá com o tempo) - Criatividade ama restrições
As pessoas pensam sobre a criatividade como uma coisa sem freios, mas a engenhosidade floresce em situações de restrições. (Para as ONGs. imagina que uma determinada organização não pode ser apoiada por uma tal empresa, pois a linha de financiamento da empresa é diferente da temática da ONG. Isso pode ser encarado como uma restrição. Nesse caso, a tentativa é cruzar essas temáticas e desenvolver um projeto diferente.)
Bom, acho que as ONGs e Google tem bastante coisa em comum. São processos relativamente simples, mas que dependem exclusivamente da cultura da organização e da maneira como ela lida com a questão da ciratividade e inovação. Percebam que certos processos podem ser implementados nas ONGs e que não estão restritos a um determinado setor. Portanto, acredito que essas pequenas práticas podem ser introduzidas nas organizações do terceiro setor brasileiro. Criem e inovem em suas ONGs